data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Rodrigo Nenê (Diário)
O primeiro turno das eleições municipais de 2020 foi marcado por problemas registrados na ferramenta do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lançada com o objetivo de facilitar a vida do eleitor e lentidão da divulgação da apuração dos resultados.
Segundo o tribunal, o atraso para a divulgação dos resultados começou a ser resolvido pelos técnicos no início da noite deste domingo. É a primeira eleição municipal em que os dados vêm direto das seções eleitorais para serem totalizados no TSE.
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De acordo com o tribunal, eles foram remetidos normalmente pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) e recepcionados pelo banco de totalização, que estaria somando o conteúdo de forma mais lenta que o previsto.
Além disso, o e-título, aplicativo que substitui o título de eleitor, localiza as seções e permite justificar a ausência, apresentou instabilidade durante o domingo, e eleitores não conseguiram acesso.
O tribunal também sofreu uma tentativa de ataque em sua rede que, segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, foi totalmente neutralizada, com a ajuda de empresas de telefonia. Segundo o tribunal, esse episódio não tem relação com a atraso na divulgação dos resultados.
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Barroso passou o dia dando explicações sobre os problemas enfrentados. Pela manhã, ele chegou a atribuir o problema do acesso do aplicativo a eleitores "que deixaram para baixar em cima da hora".
Já durante a tarde, Barroso disse que as medidas tomadas pelo órgão para prevenir a invasão da rede contribuíram para as dificuldades registradas. Barroso justificou que, por conta da invasão da rede do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na semana passada, o TSE resolveu desligar um de seus dois servidores da rede.
A medida, que era para reforçar a segurança do sistema do tribunal, acabou sobrecarregando o segundo servidor do órgão. Segundo o ministro, a origem da investida teria sido provavelmente de fora do país e "com um grande volume de tentativas", mas não entrou em maiores detalhes.
- Obviamente, houve um subdimensionamento ou problema técnico, sobretudo causado pelo desligamento de um dos servidores, uma coisa que não queria que tivesse acontecido, mas ocorreu. Tivemos uma dificuldade e vamos consertar já para o segundo turno - disse.
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Barroso também acrescentou não ter atribuído a responsabilidade pela instabilidade do sistema aos eleitores e que estava em contato com a empresa que produziu o aplicativo e com o Google para resolver o problema.
Antes de reforçar a segurança, o TSE relatou que sofreu um ataque aos dados pessoais de servidores, que chegaram a ser divulgados. A Polícia Federal informou que está investigando o caso e que já se sabe que os dados são antigos e que o acesso ocorreu em data anterior ao dia 23 de outubro.
Sobre a tentativa de invasão deste domingo, Barroso disse que provavelmente foi feita fora do país. Os invasores, segundo o ministro, agiram "com um grande volume de tentativas" para tentar derrubar o sistema.